terça-feira, 7 de março de 2017

Pela Misericórdia de Deus, descansem em paz


Todas as segundas-feiras é costume antigo da Igreja de rezar pelas almas do purgatório.
 Nós estamos na Quaresma, tempo de penitência e de oração, mas não só isso , tempo propício para exercitarmos nas obras de misericórdia corporais e espirituais. Entre as obras espirituais está a seguinte: "Rezar pelos vivos e defuntos"
 Geralmente rezamos pelos vivos: Pelo Santo Padre, pelos Sacerdotes, pela nossa família, pelos nossos amigos de comunidade ou do mundo mesmo, enfim, mas esquecemos dos defuntos.
 São Paulo da Cruz um dia a rezar ouviu batidas na sua porta. Ao abrir, viu que era um Padre amigo seu que a pouco tempo tinha falecido. Esse Padre lhe disse: "Quanto sofro, quanto sofro, meu Deus! Há tanto tempo estou nesse oceano de fogo , há tanto tempo.... Parecem mil anos!
 São Paulo da Cruz lhe respondeu: Padre a pouco tempo morrestes, como me diz que está a muito tempo ai? O defunto lhe respondeu: "é tamanha a dor que sinto, que me parece que estou aqui a mil anos!". Depois desse caso, o santo rezou por ele um Santa Missa, e na hora da comunhão, teve a visão de sua alma subindo liberta ao paraíso.
 Agora te pergunto: Quantos parentes já morreram em sua família? Como era a suas vidas nessa terra, será que eram dignos do céu? Será que muitos não estão esperando suas orações para finalmente descansarem em paz???
 Santo Tomas de Aquino e São Boaventura são unânimes em dizer que o fogo do purgatório é semelhante ao do inferno, com a diferença que é um fogo que se apaga ao saírem desse estado, e o do inferno é eterno.
 Santa Verônica Giuliane, grande mistica franciscana, teve um visão do purgatório e a conta da seguinte maneira: "A primeira vez me pareceu que ela fosse em um grande fogo e que pela mão dos demônios, tivesse grandes tormentos dos quais um não esperava o outro. A cada visão destes ministros infernais, a dava pena sobre pena, mas entre tantas penas, a maior era aquela do dano. Ela não podia pedir ajuda, estava no braço da justiça de Deus. Tudo isso foi de grande ajuda à esta alma."
 Ou seja, as almas do purgatório nada podem fazer para salvar-se. Em outra visão , a mesma Santa conta de uma religiosa que ali estava: "A terceira vez, me foi mostrada da mesma maneira; padecia um tormento intolerável e parecia que visse um não sei o que, mas eu não entendia que coisa fosse. No fim, o meu Anjo Custode me fez conhecer que ela via o vestido que tinha usado como Religiosa e somente a visão da roupa a relembrava todos os tormentos e as penas, porque ela viveu sim, com o vestido da religiosa, mas não como Religiosa. De repente, fui transportada pelo meu Anjo Custode aos pés de Maria Santíssima; pedi socorro para esta pobre alma, me ofereci por ela a qualquer pena e tormento e Maria Santíssima me prometeu a graça com demonstrar-me aquele sigilo e me disse que eu contasse tudo ao meu confessor e lhe pedisse a obediência de padecer por algumas horas, para satisfazer a justiça de Deus por esta alma que me fizeram ver naquele mesmo ponto. Parece-me de ter entendo que tivesse, naquele instante, um pouco de descanso"
 Quantas almas que em vida foram sacerdotes, entregaram tudo a Deus, mas não corresponderam a altura da vocação e que hoje estão esperando nossas orações.
 Um dia Santa Ludgard estava a rezar , e de repente lhe aparece o Papa Inocêncio III, o mesmo que autorizou Francisco de Assis a fundar a Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), com um aspecto de sofrimento. O Papa pediu que ela rezasse por sua alma pois estava no purgatório por causa de um erro no seu papado.
 Unimos nossa voz a voz da Toda Santa Mãe de Deus, da Bem-aventurada Virgem Maria, a pedir por essas benditas alma que querem descansar no Coração da Santíssima Trindade, e digamos:
"As Almas dos fiéis defuntos, pela Misericórdia de Deus, Descansem em paz, Amém !"

Equipe Apostolado Dom Bosco

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